“Manter a vida, a teia da vida, hoje e sempre...”
O filme Vozes da Sustentabilidade¹ levanta a seguinte questão: como conciliar sustentabilidade e desenvolvimento sustentável? A produção utiliza algumas “vozes” de estudiosos e estudantes da questão ambiental, o que pensam. Assim, conceitos puramente acadêmicos foram suavizados por uma linguagem mais poética, sensível. É uma proposta de ruptura à forma clássica de transmissão da informação científica – textual – utilizando tecnologias como as audiovisuais para isso. Assim, busca sensibilizar o expectador para a causa ambientalista.
Especialistas como Paulo Nogueira Neto, Cristóvam Buarque, e outros opinam sobre evidências da crise ambiental, da busca constante pelo consumo na sociedade contemporânea, fazendo uma interface entre economia e meio ambiente. Colocam que a sustentabilidade surge como uma forma de concessão dos economistas para disciplinar o desenvolvimento, permitindo que elementos externos à economia interfiram e mudem seus rumos, no intuito de se evitar crises. É o consumo que deve determinar a produção e não o inverso, por isso a necessidade de se conscientizar o consumidor, que já apresenta mudanças positivas.
“Todos querem tudo, seja rico ou pobre, mas a natureza não suportará.”
Políticos como Carlos Minc colocam que a pobreza é uma das criações humanas mais duradouras, e que o meio ambiente deve estar em todas as atividades produtivas, organizações sociais, obras de infra-estrutura, no urbanismo, etc. Diz que o ser humano é muito resistente a novos paradigmas, mesmo percebendo que estão ocorrendo mudanças em suas vidas.
“O que se passa não é uma crise, mas uma adaptação a um mundo melhor”.
Sustentabilidade não é uma teoria, por não haver pressupostos, mas um discurso, uma prática. No entanto, existe o risco da banalização desse discurso, caso torne-se um termo popular, mas não profundo nas ações e pensamento.
__________
¹ VOZES DA SUSTENTABILIDADE. Direção Marco Aurélio Bilibio. Brasília: UnB-CDS, 2009. DVD.
Nenhum comentário:
Postar um comentário