Efeito Estufa e Camada de Ozônio


Muitas pessoas se confundem e acreditam que um está relacionado ao outro, mas não é bem assim. O simples fato de estarem relacionados à Atmosfera, não significa que sejam a mesma coisa.

Na verdade, Efeito Estufa é um mecanismo natural que a Terra desenvolveu, utilizando-se da sua Atmosfera, cujos principais gases que causam este fenômeno são o carbônico ou dióxido de carbono (CO2) e metano ou gás natural (CH4), dentre outros. O Efeito Estufa consiste em impedir o retorno ao Espaço Sideral do calor emitido pelo Sol durante o dia, conservando assim, energia, para os períodos noturnos do planeta. Assim, o calor que a Terra recebe durante o dia, mantém a temperatura de certa forma elevada durante o a noite, mantendo uma amplitude térmica moderada. Planetas como Vênus e Marte, por exemplo, não possuem estes mecanismos, e podem atingir temperaturas muito elevadas durante o dia, acima de 300ºC e muito reduzidas durante a noite, menos de -150ºC.

O Efeito Estufa é um dos principais mecanismos que a Terra desenvolveu para dar condições à manutenção da vida. No entanto, a emissão desenfreada de gases (principalmente CO2 e CH4), acentuam os reflexos do Efeito Estufa, aumentando a temperatura global e, dessa maneira, modificando as condições ambientais conhecidas nos tempos de hoje através dos derretimentos das calotas polares, aumento do nível médio dos mares, estações do ano desestabilizadas, dentre outras consequências climáticas.

Por outro lado, a nossa Camada de Ozônio, é uma faixa da Atmosfera, cujo principal gás é o ozônio (O3), a principal função desta camada para o Meio Ambiente é o bloqueio dos raios Ultra-Violeta (UV) emitidos pelo Sol durante o dia. Estes raios solares podem trazer sérios danos aos seres vivos, principalmente aos humanos, como o câncer de pele.

O principal causador da eliminação progressiva da Camada de Ozônio é um gás chamado de CFC (clorofluorcarbono), presente em aparelhos de ar-condicionado, refrigeradores, e em alguns aerossóis. Este gás ao ser emitido na Atmosfera concentra-se nos polos do Planeta, e reage com o O3 existente da camada, eliminando-o e criando “buracos” que possibilitam a entrada dos raios UV.

Países próximos aos Pólos como a Austrália, Chile, Noruega e Islândia, desenvolveram políticas que evitam o contato da população com os raios solares.

Enfim, Efeito Estufa é um mecanismo atmosférico natural para manter a temperatura da Terra, e que a humanidade intensificou e agora traz sérios danos ao Planeta. E a Camada de Ozônio é uma parte da Atmosfera que protege a Terra dos raios UV do Sol, e que os seres humanos gradativamente vêm eliminando-a.


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Texto originalmente publicado no blog do Greenpeace em 2007, quando o autor - Rodrigo Martins dos Santos - era um dos colunistas.

Etno-história na oralidade Xakriabá: retomando o Rio São Francisco em Minas Gerais, Brasil

Rodrigo Martins dos Santos
Ludivine Eloy


RESUMO

Apresenta elementos da história do povo Xakriabá a partir de relatos orais de moradores de aldeias do município de São João das Missões, Minas Gerais. As perguntas centrais desta pesquisa são: Como foi o contato do Xakriabá com o colonizador? Quais foram os fatos marcantes que estão na memória do povo? Quais foram as conquistas? Para esta investigação foi adotado o uso da história de vida como técnica de abordagem aos entrevistados, aplicada em novembro de 2011. Como material de apoio utilizou-se cartografia, documentos históricos, teses, dissertações e livros. O diferencial desta abordagem está nos produtos gerados: ilustrações na forma de mapas, transectos da paisagem (perfis de caminhamento) e cronologia dos fatos. Os relatos apresentam informações de que os Akwén-Xakriabá, também conhecidos como Caboclos do Senhor São João, viviam às margens do rio São Francisco, de onde foram expulsos primeiramente devido à guerras com os bandeirantes no final do século XVII. Em seguida, no século XVIII, após apoiarem os colonos na expulsão dos índios Cayapó, e os jesuítas implantarem uma missão em seu território, recebem terras na forma de “doação”. Nos anos que se sucederam foram miscigenando com negros e camponeses brancos, até que no final do século XIX são pressionados por pecuaristas, e passam a viver nas serras. Com a chegada dos projetos de “reforma agrária” do governo militar em meados da década de 1960, suas terras são alvo de esbulho pelo estado de Minas Gerais. A partir de então, os Xakriabá buscam apoio da FUNAI, que por sua vez inicia o processo de (re)conhecimento da indianidade dos Caboclos. Foi uma violenta trajetória até conseguirem a demarcação de parte de seu território como terra indígena, muitas lideranças foram ameaçadas por fazendeiros locais, culminando na chacina de um cacique e sua família, em 1987. Este trágico episódio mobilizou a mídia nacional e internacional, trazendo enfim a demarcação do primeiro trecho de suas terras. Em 2000 é demarcado o segundo trecho. Mas, continuam reivindicando o acesso ao Rio São Francisco, local de ligação ancestral de seu povo, onde muitos resistem. Após esta breve análise da história dos Xakriabá, poderíamos questionar: Será que muitos indígenas do sertão brasileiro passaram por situações semelhantes, especialmente os povos emergentes do Nordeste? Teriam estes também migrado de terrenos férteis para locais onde os recursos são menos favoráveis, sob pressão dos colonizadores? Questões para outras pesquisas.

Palavras - chave: Território; Xakriabá; Rio São Francisco.


Org. Rodrigo Martins dos Santos
Fluxos Migratórios Xakriabá. Org. Rodrigo M. Santos, 2012.


RESUMEN

Introduce elementos de la historia de los indios Xakriabá por medio de relatos orales de los pobladores en el municipio de São João das Missões, Minas Gerais. Las preguntas centrales de esta investigación son: ¿Cómo fue el contacto entre el Xakriabá y colonizador? ¿Cuáles fueron los hitos que están en la memoria de la gente? ¿Cuáles fueron los logros? Para esta investigación hemos adoptado el uso de la historia de la vida como un enfoque técnico a los encuestados, aplicado en noviembre de 2011. Como material de apoyo se utilizó mapas, documentos históricos, tesis, disertaciones y libros. La diferencia de este enfoque es en los productos generados: ilustraciones en forma de mapas, perfiles del paisaje transecto (perfiles) y la cronología de los acontecimientos. Los informes proporcionan información que Akwen-Xakriabá, también conocido como Caboclos do Senhor São João, vivían en cerca del río San Francisco, donde fueron expulsados ​​debido principalmente a las guerras con los pioneros de finales del siglo XVII. Luego, en el siglo XVIII, después que apoyaron los colonos en la expulsión de los indios Cayapó, y los jesuitas desplegar una misión en su territorio, recibirán la tierra en forma de "regalo". En los años que siguieron fueron miscigenando con agricultores blancos y negros. En finales del siglo XIX son presionados por los proprietários de fincas, y empezan a vivir en las montañas. Con la llegada de los proyectos de "reforma agrario" del gobierno militar de mediados de 1960, sus tierras están sujetas a expropiación por el estado de Minas Gerais. Desde entonces, el Xakriabá buscar el apoyo de la FUNAI, que a su vez inicia el proceso de (re) conocimiento de su indianidad. Fue un camino violento para lograr la demarcación de su territorio, muchos fueron amenazados por los agricultores locales, que culminó en la masacre de un jefe indigena y su familia en 1987. Este trágico episodio movilizó a los medios de comunicación nacionales e internacionales, finalmente, llevar a la demarcación de la primera etapa de sus tierras. En el año 2000 marcó la segunda etapa. Sin embargo, sigue reclamando el acceso al río, lugar ancestral de unión de su pueblo, donde muchos se resisten. Después de este breve análisis de la historia de los Xakriabá, podríamos preguntar: ¿Lo és que muchos indios de las tierras del interior de Brasil ha passado situaciones similares, especialmente las naciones emergentes del Noreste? ¿Ha tenido también emigracion de tierras fértiles para otras donde los recursos son menos favorables, bajo la presión de los colonos? Las preguntas para futuras investigaciones.

Palabras clave: Território; Xakriabá; Rio São Francisco.


ABSTRACT

Introduces elements of the history of the indians Xakriabá trought oral accounts from villagers in the municipality of São João das Missões, Texas. The central questions of this research are: How was the contact betwen Xakriabá and the settlers? What were the milestones that are in memory of the people? What were the achievements? For this investigation we adopted the use of life history as a technical approach to the respondents, applied in November 2011. As support material was used maps, historical documents, theses, dissertations and books. The difference of this approach is in the products generated: illustrations in the form of maps, landscape transect profiles (pathway) and chronology of events. The reports provide information that Akwen-Xakriabá, also known as Caboclos do Senhor São João, lived at the river San Francisco, where they were expelled primarily due to wars with the pioneers in the late seventeenth century. Then in the eighteenth century, after the settlers support the expulsion of indians Cayapó, and deploy a Jesuit mission in their territory receive land in the form of "gift". In the years that followed were amalgamating with black and white farmers until the late nineteenth century by farmers are pressed, and start living in the mountains. With the arrival of the projects of "agrarian reform" of the military government in the mid-1960s, their lands are subject to dispossession by the state of Minas Gerais. Since then, the Xakriabá seek support from FUNAI, which in turn starts the process of (re)cognition of the indianness of the Caboclos. It was a violent path to achieve the demarcation of their territory as indigenous, many leaders were threatened by local farmers, culminating in the massacre of a chief and his family in 1987. This tragic event mobilized national and international media, finally bringing the demarcation of the first leg of their lands. In 2000 it marked the second sentence. But, still claiming access to the River, ancestral binding site of his people, where many people resist. After this brief analysis of the history of Xakriabá, we might ask: Would many Indians of the Brazilian backlands through similar situations, especially the emerging nations of the Northeast? Did they also migrated to the fertile land where resources are less favorable, under pressure from settlers? Questions for further research.


Keywords: Territory, Xakriabá, São Francisco river


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Artigo originalmente apresentado no II CIAEE - Congresso Iberoamericano de Arqueologia, Etnologia e Etno-história, organizado pela UFGD, e que ocorreu no campus de Dourados, Faculdade de Ciências Humanas, em 2012.

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SUBPREFEITURA DE PARELHEIROS, aspectos da paisagem: roteiro de reconhecimento

Roteiro para reconhecimento de algumas paisagens da Subprefeitura de Parelheiros, elaborado em 2005. Contém mapas, fotos e textos informativos sobre esse território da Cidade de São Paulo localizado no extremo sul do município.

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Guia com algumas paisagens do extremo sul da Cidade de São Paulo
Capa e contracapa do Roteiro.
O mapa da esquerda serve como um guia das paisagens citadas.



CONTEÚDO DO ROTEIRO

          - APRESENTAÇÃO - A região sob administração da Subprefeitura de Parelheiros
          por Walter Tesch (então Subprefeito de Parelheiros em 2005) 

          1. Praça do Trabalhador

          2. Colonização Nipônica (Agricultura)

          3. Solo Sagrado da Igreja Messiânica

          4. Represa Guarapiranga

          5. Loteamentos Irregulares

          6. Parelheiros (1898)

          7. Astroblema “Cratera de Colônia”

          8. Colônia Paulista (1829)

          9. Centro Paulus

          10. APA Capivari-Monos

          11. Evangelista de Souza

          12. Aldeia Guarani “Krucutu” (Pyau)

          13. RPPN Sítio Curucutu


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    SIAMP - utilização de ferramentas livres para divulgação de informações ambientais

    Texto originalmente apresentado no APP URBANA 2007 - Seminário Nacional sobre o Tratamento de Áreas de Preservação Permanente em Meio Urbano e Restrições Ambientais ao Parcelamento do Solo, organizado pela FAUUSP, PUC-Camp, ANPUR e ANAMMA; e que ocorreu no campus da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em 2007.

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    Clique aqui para acessar os anais do Seminário APP URBANA 2007, cujo texto encontra-se na página 200. Ou aqui para acessá-lo a partir da página do Ministério Público do Rio Grande do Sul. 


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    Resumo
    Apresentação das etapas de produção do SIAMP – “Sistema de Informações Ambientais dos Mananciais Paulistanos”, um sistema de informações geográficas (SIG) para internet, com dados geo-referenciados de meio físico, socioeconomia e político-territorial da área de proteção aos mananciais da cidade de São Paulo, servindo como suporte para população em geral, estudantes e pequenas pesquisas sobre a área, como um Banco de Dados simples e acessível, porém não servindo como dados oficiais mas sim alternativos. Este SIG está disponível para consulta através do seguinte endereço: https://docs.google.com/file/d/0BxeU6XTjAJ2cZXVQbGtzZUxRbUU. O SIAMP foi produzido a partir da utilização de programas (softwares) livres, ou seja, de aquisição gratuita e sem exclusividade, partindo da idéia de democratização da produção e da disponibilização de informações.
    Palavras-Chave: Mananciais, Geotecnologia, Sistema de Informação Geográfica (SIG), Internet

    Abstract
    Presentation of steps to production the SIAMP – “Sistema de Informações Ambientais dos Mananciais Paulistanos”, a geographic information system (GIS) for internet, with geo-refer data like nature, social, economics and territorials to São Paulo’s water protect area , a suport to people in general like studants, shorts researchs to that area, like a access and simple Data Byte, but not a oficial data. This SIG is accessible in https://docs.google.com/file/d/0BxeU6XTjAJ2cZXVQbGtzZUxRbUU. The SIAMP was produced with free-softwares.
    Key-words: water fountain region, Geotecnologys, Geographic Information System (GIS), internet


    Objetivo
    Produzir e disponibilizar um sistema digital na internet com dados ambientais básicos, geo-referenciados, para servir de alternativa de obtenção de informações mapeáveis de Meio Físico, Sócio-Econômicas e Político-Territoriais da área de proteção aos mananciais da cidade de São Paulo, servindo assim, como suporte para população em geral, estudantes e pequenas pesquisas sobre a área, como um Banco de Dados simples e acessível, porém não servindo como dados oficiais mas sim alternativos.

    O produto final desta Pesquisa é um Sistema de Informação Geográfica (SIG) disponibilizado na internet sob o título de “Sistema de Informações Ambientais dos Mananciais Paulistanos” (SIAMP) produzido a partir da utilização de programas (softwares) livres, ou seja, de aquisição gratuita e sem exclusividade, partindo da idéia de democratização da produção e da disponibilização de informações. Para acessa-lo, use o seguinte link: https://docs.google.com/file/d/0BxeU6XTjAJ2cZXVQbGtzZUxRbUU.


    Contextualização
    Na sociedade atual, a Sociedade da Informação, o poder não mais é representado pela posse de territórios ou pelo controle de mercados, mas sim pela capacidade de produzir e utilizar informações. A informação passou a ser a principal fonte de poder na contemporaneidade.

    A popularização da internet, e a proliferação de mídias e programas livres (com acesso a qualquer pessoa que tenha um computador ligado na rede mundial – internet), facilitaram em muito o fluxo de informações e a pulverização do conhecimento. Haja vista a importância e acesso que portais eletrônicos de busca e armazenagem de dados vem apresentando entre os internautas.

    Mas não foi apenas a internet que se popularizou nessa onda, mas as ferramentas de geotecnologias também, como os Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) e os Sistemas de Posicionamento Global (GPSs). Tanto é que o uso de geotecnologias se tornou cada vez mais comum e necessário em diversas áreas, inclusiva a ambiental. No entanto, poucos têm acesso e conhecimento para utilizar este tipo de ferramenta de forma gratuita.

    Os problemas ambientais mais localizados são gerados devido à desinformação da população generalizada em relação à conceitos básicos de Meio Ambiente e as Legislações Ambientais. Assim, a idéia de construir um portal na internet, com informações ambientais básicas, vêm como uma solução para a divulgação de dados, no sentido de popularizar ainda mais os SIGs.

    A escolha do palco dessa análise: a porção da área de mananciais paulistana localizada entre os reservatórios Billings e Guarapiranga; deu-se em virtude de encontrar-se neste Espaço, diversos elementos paisagísticos relevantes tanto do ponto de vista ambiental, como econômico, social e histórico, como: o rio Jurubatuba (margeado por ferrovias e vias expressas); a Macrozona Ambiental do Município de São Paulo, definida pelo Plano Diretor Estratégico da cidade; as represas Billings e Guarapiranga e seus respectivos mananciais; a Escarpa e o Parque Estadual da Serra do Mar; o Astroblema da Cratera de Colônia; as APA’s Capivari-Monos e Bororé-Colônia; o bairro da Colônia Paulista (antiga Colônia Alemã de 1829); aldeias indígenas guarani (Tenondé Porá e Krucutu); o limite sul da mancha urbana da metrópole; o projeto do Anel Viário Metropolitano (Rodoanel Mário Covas); a Ferrovia Santos-Mairinque que escoa grande parte da produção agrícola brasileira para o porto de Santos; dentre outros elementos. Essa região apresenta uma diversidade paisagística ímpar, que vai do urbano ao florestal, passando por periferias da mancha urbana (ou áreas peri-urbanas), áreas rurais e Unidades de Conservação. Assim, é uma área estratégica para o Estado e para o Brasil.

    Salientamos que não é foco da presente Pesquisa a discussão a respeito dos problemas ou uma análise das informações apresentadas, sua importância se restringe a disponibilizar a informação.


    Metodologia
    Por se tratar de uma pesquisa de caráter extremamente técnico, não consideramos nenhum tipo de Método Científico específico para sua elaboração, pois não houve necessidade de análises das informações, mas sim a proposta de se apresentar uma ferramenta prática para divulgar informações ambientais georreferenciadas via internet, no intuito da democratização e disseminação de informações ambientais. No entanto foram respeitadas a realização de Etapas Metodológicas, baseadas nos preceitos apresentados por BURROUGS (2004), SILVA (2003), e CHRISTOFOLETI (2002) que consiste em: 1- definição dos produtos a serem utilizados e formas de aquisição; 2- construção do Banco de Dados Geográficos em SIG; 3- exportação das informações para linguagem Web; 4- organização da página-eletrônica para internet com as informações, disponibilizada no seguinte link: https://docs.google.com/file/d/0BxeU6XTjAJ2cZXVQbGtzZUxRbUU.

    As informações utilizadas como Material-Base foram importadas de alguns SIGs produzidos pela Prefeitura da Cidade de São Paulo, como o INFOLOCAL, produzido pela Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLA); e o SIGMA, produzido pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, ambos gerados através da utilização do programa SPRING (Sistema de Processamento de Informações Geográficas) produzido pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) do Governo Brasileiro. As informações selecionadas foram reunidas em um único Banco de Dados Geográfico (vide Fig. 1), utilizando o mesmo programa SPRING para a execução desta tarefa, e foram dispostas na Escala de 1:10.000.

    Fig. 1 - Construção do SIAMP através do SPRING

    O SPRING possui uma interface de exportação de dados (SPRINGWEB) para o formato .htm e .html utilizados pela rede internacional de computadores (internet). Para que os arquivos exportados pelo SPRING através da ferramenta SPRINGWEB sejam possíveis de visualização na internet é necessário que o computador que vai fazer a leitura dos dados possua o programa JAVA, desenvolvido pela SUN Microsystems e de aquisição simples e gratuita pela internet. Todos os programas utilizados para a sistematização e leitura dos dados do presente trabalho são do tipo programas-livres (free-software), ou seja, são de fácil acesso para aquisição e não há necessidade de compra, pois são disponíveis gratuitamente na internet.


    Hipótese
    Nos apoiamos na hipótese de que a publicação de dados ambientais, mapeados, na internet, serve como um instrumento para democratizar o acesso à informação e, consequentemente, a solução de problemas pontuais e dúvidas em pequena escala, contribuindo, dessa maneira, na diminuição de alguns problemas ambientais locais, sanados pelo simples fato de levar a informação ao munícipe que se dispõe a obtê-la mas que por motivos de distanciamento ou precária acessibilidade às instituições geradoras de dados, acabam por se desinteressar em resolver determinada situação; somados à dificuldade financeiras e burocráticas de obtenção destes dados. Fato que só amplia os problemas ambientais na região dos mananciais paulistanos e a exclusão de sua população às regras da sociedade como um todo.


    Conclusão
    Por não se tratar de uma pesquisa analítica, tampouco reflexiva, a conclusão consiste na apresentação do produto final deste Trabalho, que é um Sistema de Informação Geográfica (SIG) disponibilizado na internet sob o título de “Sistema de Informações Ambientais dos Mananciais Paulistanos” – SIAMP (vide Fig. 2) produzido a partir da utilização da ferramenta livres SPRING (Sistema de Processamento de Informações Geográficas). Para acessa-lo, use o seguinte link: https://docs.google.com/file/d/0BxeU6XTjAJ2cZXVQbGtzZUxRbUU.

    Fig. 2 - Visualização parcial do SIAMP pela internet

    Este SIG, após sua disponibilização na internet, servirá como apoio e fonte de informação para moradores da região dos mananciais, usuários de telecentros e lan-houses, estudantes da rede pública de ensino básico, pesquisadores que buscam informações ou dados básicos sobre a região dos mananciais paulistanos, e pessoas interessadas no assunto. Este Trabalho também serve como contribuição à utilização de ferramentas digitais livres, e de tecnologia nacional.

    Por fim, esta Pesquisa também se apresenta na tentativa de balizar-se como um exemplo de unificação da academia com a prática, através da utilização de ferramentas digitais para democratizar o acesso à dados sobre Meio Ambiente e Legislações nos mananciais, no sentido da socialização de informações, contribuindo para uma sociedade mais justa e que respeite o meio ambiente.


    Principais Referências bibliográficas
    BURROUGH, Peter A. & MCDONELL, Rachael A. Principles of geographical information systems. Oxford e New York: Oxford University Press, 2004.
    CHRISTOFOLETTI, Antonio. Modelagem de Sistemas Ambientais. São Paulo: Ed. Edgar Blucher, 2002.
    SANTOS, Rodrigo Martins. Análise Ambiental Integrada: A Teoria dos Geossistemas. In Anais do 1º Congresso Luso-Brasileiro de Planejamento Urbano Regional Integrado Sustentável. São Carlos: USP, UNESP e UMINHO, 2005.
    SILVA, Ardemiro de Barros. Sistemas de Informações Geo-referenciadas: Conceitos e Fundamentos. Campinas: UNICAMP, 2003.
    WHATELY, Marussia & CUNHA, Pilar (org.). Seminário Guarapiranga: Proposição de ações prioritárias para garantir água de boa qualidade para abastecimento público. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006.


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