23 Indicadores da Biodiversidade Paulistana
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), publicou o Índice BIOSAMPA 2019, que reúne 23 indicadores da biodiversidade no município. A metodologia adotada foi o Índice de Biodiversidade da Cidade (IBC), do inglês City Biodiversity Index, também conhecido como Singapore Index on Cities’ Biodiversity.
Este índice foi adotado pela Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da Organização das Nações Unidas (ONU) como um instrumento de medição e comparação da biodiversidade em cidades. A partir dele, é possível compreender o estado e evolução dessa biodiversidade para subsidiar o planejamento de estratégias para a sua conservação e recuperação.
Nesta primeira edição do índice BIOSAMPA foram reunidos dados produzidos por diversos setores da SVMA e seus parceiros. Com exceção do mapeamento da vegetação, cujo ano de referência é 2016, todos os indicadores têm o ano de 2019 como referência.
Realidade
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, as áreas urbanas não são desprovidas de flora e fauna. Muitas cidades possuem uma rica diversidade biológica, independentemente da localização geográfica e do clima. Os serviços ecossistêmicos que a biodiversidade urbana fornece à área local são inúmeros e, muitas vezes, subvalorizados. Além da estética, os ecossistemas regulam o suprimento e a qualidade da água, do ar e do solo, e moderam a temperatura ambiente.
O suprimento de água é sustentado por sistemas ecológicos naturais que armazenam e purificam a água. A vegetação urbana reabastece o oxigênio, retém o carbono, absorve a radiação solar, reduz a poluição do ar, mantém o equilíbrio da água e regula a temperatura da superfície nas paisagens urbanas através de sombreamento e evapotranspiração. Parques e áreas naturais oferecem oportunidades recreativas e educacionais aos residentes e contribuem para a habitabilidade de uma cidade.
Conhecendo os 23 indicadores
Os 23 indicadores contemplados no Índice BIOSAMPA (veja tabela abaixo) estão agrupados em três categorias. Na primeira, relativa à Biodiversidade Nativa, os dez indicadores procuram medir a quantidade e proporcionalidade de espécies e áreas naturais, além de apontar também a presença de espécies exóticas invasoras (originárias de outros países que prejudicam a vegetação nativa).
Nos serviços ecossistêmicos providos pela biodiversidade, ou seja, os bens e serviços obtidos direta ou indiretamente por esses ecossistemas, os quatro indicadores avaliam a regulação do clima, estoque de carbono da vegetação, efeito refrescante da vegetação e atividade recreativa e educacional em parques. Na Governança e gestão da biodiversidade, nove indicadores concentram a capacidade da cidade de São Paulo de gerir a sua biodiversidade. Confira a tabela completa dos indicadores: